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POLICIAIS

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Engenheiro florestal é preso ao tentar subornar policiais

Ele tentou evitar que seu cliente fosse multado

DA REDAÇÃO 




Polícia Militar Ambiental de Costa Rica prendeu ontem (13) um engenheiro florestalacusado de suborno depois que seu cliente foi autuado por crime ambiental.

A prisão aconteceu depois que os policiais foram até a Fazenda Bela Manhã, na segunda-feira (12), e descobriram um desmatamento de ávores esparsas na área de pastagem. A madeira também estava sendo enterrada com uso de máquinas escavadeiras.

Como o responsável não estava no local, os policiais mandaram o funcionário avisar o proprietário para comparecer ao quartel da PMA e que ele seria autuado, já que ele não teria licença ambiental para realizar aquele tipo de trabalho, pois os órgãos ambientais não emitem licença para ninguém enterrar madeira.

A partir daí, o engenheiro florestal passou a telefonar ao Subtenente Comandante do Grupamento da Polícia Ambiental, dizendo representar o proprietário da fazenda e a oferecer propina para solucionar o problema, que ele mesmo tratava como dúzias de laranjas. O Comandante procurou o Ministério Público e o Delegado de Polícia, que o orientaram a dizer que aceitaria o dinheiro e que ele fosse ao quartel.

O engenheiro foi ao quartel da PMA e fechou negócio preenchendo um cheque de R$ 2 mil. Neste momento, o delegado de polícia que estava em outra sala filmando toda a ação se juntou aos policiais ambientais e deram voz de prisão ao autor. Ele foi conduzido à delegacia de polícia civil, onde foi autuado em flagrante por corrupção ativa.

O engenheiro, residente em Três Lagoas (MS), disse que o proprietário da fazenda tinha pleno conhecimento da ação e, portanto, também será processado por corrupção ativa.

Hoje a PMA realizará uma grande vistoria na propriedade rural para verificar todos os problemas ambientais.

 

 

Polícia Federal apura fraude na venda de créditos ambientais

A Polícia Federal está investigando um suposto esquema de venda de créditos ambientais gerado pelas áreas de Mata Atlântica do Estado de São Paulo em benefício de empresas, prefeituras, funcionários públicos e organizações não governamentais. 

Leia também: CAF amplia para US$ 2,3 bi crédito para projetos ambientais na América Latina

De acordo com denúncia protocolada na delegacia da Polícia Federal de Sorocaba, um grupo formado por advogados, ONGs e agentes públicos do setor ambiental convence os prefeitos de cidades com matas a criarem unidades de conservação (UCs), como parques e reservas. Em seguida, a gestão da unidade é transferida para uma ONG que vende créditos de carbono a empresas nacionais e estrangeiras a título de compensação ambiental. O valor total do negócio pode passar de R$ 1 bilhão. 

 

Foto: Getty ImagesAmpliar

Mata Atlântica está restrita a 7,9% da cobertura original, num total de 102 mil km²

A ação do grupo foca principalmente os municípios do Vale do Ribeira, região que concentra as maiores reservas de Mata Atlântica do Estado. Pelo menos 20 prefeituras já fizeram decretos visando à criação de reservas municipais. As áreas transformadas em parques incluem matas fechadas particulares ou da União, como territórios quilombolas e de comunidades tradicionais. 

O simples decreto de utilidade pública da área basta para que o contrato seja firmado entre a ONG e as empresas. Ainda conforme a denúncia, as cotas correspondentes a um hectare de mata seriam vendidas por R$ 13 mil, sendo que R$ 11 mil ficariam com a ONG incumbida da gestão da unidade. Os R$ 2 mil restantes seriam divididos entre a prefeitura e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Juntas, as áreas com decreto somam 200 mil hectares no Estado. 

Decreto 

Um dos casos citados na denúncia envolve a prefeitura de Apiaí, a 322 km de São Paulo. Em dezembro de 2011, o prefeito Emilson Couras da Silva (DEM) baixou decreto criando o Parque Municipal de Apiaí, com 18,5 mil hectares. O decreto foi baixado sem discussão prévia e houve protestos. O prefeito revogou a criação do parque, mas, em fevereiro, baixou novo decreto delimitando uma reserva biológica de 29 mil hectares. A assessoria de Silva informou que o objetivo é garantir a preservação da área para eventual criação de unidades municipais de conservação. 

A prefeitura de Iporanga também declarou de utilidade pública uma área de 14,3 mil hectares. Com a mobilização de ambientalistas contrários à proposta, o decreto também foi revogado, mas a prefeitura editou outro, com área de 5,2 mil hectares, em fevereiro deste ano. A então secretária municipal do Meio Ambiente, Janayna de Oliveira, que se opôs à proposta, foi demitida. 

Segundo o prefeito Ariovaldo da Silva Pereira (DEM), a criação do parque permitirá ao município se beneficiar do sistema de compensação da reserva legal, previsto no novo Código Florestal. A ideia consiste em desonerar o agricultor da necessidade de prover a reserva legal dentro de sua propriedade e averbá-la a uma área verde municipal. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".